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Um breve estudo sobre o Mercado Brasileiro de Bebidas

Foto do escritor: Marianna RabeloMarianna Rabelo

mercado brasileiro de bebidas

O setor de bebidas no Brasil é um dos mais importantes para a economia nacional, representando 1,65% do PIB industrial, com um valor de mercado estimado em R$ 24,28 bilhões em 2020 e empregando formalmente cerca de 122.957 pessoas em 2021. Embora o mercado interno consuma a maior parte dos produtos fabricados, as exportações representam apenas 0,09% das vendas totais, evidenciando um mercado altamente voltado para o consumo doméstico. As bebidas não alcoólicas representam a maior parcela do mercado, com destaque para água e refrigerantes, que juntos compõem 79% do consumo não alcoólico.


PIB no setor de bebidas brasileiro

Em 2021, o consumo de água ultrapassou o de refrigerantes, refletindo uma crescente preocupação com saúde e bem-estar. Apesar de amplamente consumidos, os refrigerantes enfrentam desafios devido à demanda por opções com menos açúcar e bebidas funcionais. Já no segmento de bebidas alcoólicas, a cerveja é o produto mais relevante, representando 38,6% da receita do mercado de bebidas. Micro e pequenas cervejarias têm registrado expansão, com aumento de 11,6% no número de estabelecimentos entre 2021 e 2022. 


No que diz respeito à importação e exportação, o suco de laranja é o principal produto exportado pelo Brasil, enquanto cervejas e refrigerantes possuem participação menor no mercado externo, embora em tendência de crescimento. Em 2022, o Brasil importou US$ 750,99 milhões em bebidas alcoólicas e US$ 197,72 milhões em bebidas não alcoólicas, evidenciando um déficit na balança comercial do setor. 

bebidas produzidas no Brasil segundo IBGE

As tendências de mercado destacam o aumento da preocupação com saúde e funcionalidade, especialmente após a pandemia de COVID-19. Houve crescimento na demanda por bebidas com baixo teor de açúcar, versões zero e funcionais, como aquelas com propriedades probióticas e enriquecidas com proteínas. Energéticos e isotônicos estão entre as categorias que mais crescem, atraindo um público jovem e esportivo. A sustentabilidade também é uma prioridade, com empresas investindo em práticas ESG, como uso de embalagens recicláveis, redução de emissões de carbono e iniciativas sociais voltadas para acesso à água potável. Paralelamente, o comércio online consolida-se como um canal essencial de distribuição. Plataformas como Zé Delivery e iniciativas digitais de grandes players como Ambev e Coca-Cola têm facilitado o acesso e fidelizado consumidores. 


Apesar do cenário positivo, o setor enfrenta desafios como altos custos de produção e logística, regulamentações rigorosas sobre rótulos e composição nutricional, além da forte concorrência de empresas como Ambev, Coca-Cola e Heineken, que dominam o mercado e dificultam a entrada de novos players. No entanto, há oportunidades significativas para as empresas, como ampliar o portfólio com bebidas funcionais, premium e sustentáveis, gerando maior valor agregado e diferenciando marcas menores. A expansão para regiões com grande consumo per capita e menor densidade industrial também é uma estratégia promissora. 


Concluindo, o mercado brasileiro de bebidas apresenta grande potencial de crescimento e inovação, especialmente em categorias voltadas à saúde, sustentabilidade e digitalização. Para competir com os grandes players, as pequenas empresas devem investir em modernização, ampliação de portfólio e estratégias de marketing digital. 

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